sábado, 31 de janeiro de 2009

TRANSITO SÃO ROQUE – SOCORREI-NOS No post anterior, citei a mídia local, que, repito tem seus méritos,mas também sua parcela de culpa no atual cenário, mas vamos adiar esse assunto e tentar dissecar mais um pouco um dos tópicos anteriores. O trânsito de São Roque. No Japão aconteceu uma experiência interessante: Fizeram um circuito curto, de pista única, e posicionaram 26 carros, distantes 2 metros um do outro, todos com motoristas comuns, com a instrução para, dada a largada, manterem a velocidade constante de 30 Km p/h, obedecendo o fluxo. Durante 10 voltas, nenhum problema. Até o motorista do carro 1 receber a ordem de parar por 30 segundos e em seguida, reiniciar a volta. Claro, o carro 2 tambem parou e reiniciou, o 3 idem e assim consecutivamente, até o carro 26. Só que o carro 1 alcançou o numero 26 que ficou 50 segundos parado até o carro 25 começar a andar! Ou seja, cada carro demorava alguns segundos a mais para reiniciar a marcha. Isso não lembra o trajeto Mal Deodoro, Rua XV, Pça da Matriz, 7 Setembro, Tiradentes, Ruy Barbosa, Pedro Conti E DE NOVO Mal Deodoro? Todas elas tem só uma faixa de rolamento, exatamente como o circuito da experiência japonesa. O resto é Zona Azul. A todo instante tem alguém manobrando para estacionar, ou mesmo para sair da vaga, parando em fila dupla para o desembarque de passageiros,formando aquelas filas imensas, que todos conhecemos. Todo mundo já está careca de saber que nossa cidade, por antiga, é composta por ruas estreitas, irregulares, e até o seu relevo cheio de ladeiras conspira para atazanar a vida de qualquer técnico em sistema viário. Atravessar o centro da cidade em determinados horários, seja de carro ou mesmo a pé é um verdadeiro suplício. Claro, além de estreitas, nossas ruas foram feitas sem planejamento, com calçadas já minúsculas com uma quantidade incrível de postes, postinhos e postões de energia, de transito, de propaganda, etc. a solução seria alargar essas ruas todas. Como não há dinheiro para tanta desapropriação, que tal repensar e racionalizar as Zonas Azuis, que, mesmo sendo pagas, são utilizadas basicamente pelo individual, atrapalhando imensamente o coletivo? O conceito básico é que ruas e avenidas devem ser usadas para o FLUXO de veículos e as calçadas, para o transito de pedestres e não para serem utilizadas como estacionamento. Alguns alegarão que o comércio será prejudicado. Será? A maioria dos grandes corredores comerciais da capital não tem Zona Azul. E quando tem, são ruas e avenidas largas o suficiente que comportam o fluxo, além do estacionamento de veículos. Tem mais coisas atravancando o trânsito. Pontos de Táxi, carros de som, charretes e cavalos, as promoções comerciais, etc, mas vamos deixar para uma próxima. Talvez na próxima eu até comente sobre a nossa mídia. Aguardem. Niney

sábado, 24 de janeiro de 2009

E Viva São Roque !!!!

SÃO ROQUE -PEQUENOS PROBLEMAS, GRANDES IRRITAÇÕES, FÁCEIS SOLUÇÕES!!

Recentemente, nós, sanroquenses natos ou por adoção, corremos o sério risco de vermos nossa pequena e amada cidade, ser envolvida por um “terremoto verde”, cujas conseqüências nem ousamos imaginar nos nossos piores pesadelos. Felizmente, a “elite da panela”, demonstrou que nem a elite, nem a panela são necessariamente um mal, desde que seja voltada para o bem de todos.

Hoje em dia, a velocidade da informação, seja através da tradicional mídia de papel, ou pela TV ou mais ainda pela Internet, acaba por anestesiar um pouco a nossa sensibilidade diante de tantas tragédias, catástrofes, hecatombes, ou o nome que se queira dar.

Guerras intermináveis no Oriente Médio, fome na África, conflitos na Ásia, tsunamis, aquecimento global, além dos nossos já famosos e famigerados políticos, com seus mensalões, sanguessugas, mordomias, a nossa falta de segurança, caos na saúde, a educação em estado de miséria, etc etc etc, são jogados diariamente em nossas casas e caras, com uma fartura de detalhes que, após algumas linhas lidas, viramos a página do jornal ou mudamos de canal enojados com tanta cara de pau.

Sem dúvida, são problemas que todos nós gostaríamos de ver resolvidos, mas, desalentados com nossa própria incapacidade de reação, e enaltecendo nosso cultural e equivocado espírito Macunaíma, acabamos aceitando tantos desmandos e injustiças, louvando nossas próprias “virtudes”, dizendo que “pago impostos, obedeço às leis de trânsito, reciclo o lixo, então, estou fazendo a minha parte, eles é que são ladrões, eu não”. Mas, pare um pouco e pense: Você nunca jogou um saquinho de pipoca na rua? E um palito de picolé? Bituca de cigarro, nem se fale. Em seu carro, todo mundo aciona o cinto de segurança (inclusive os passageiros do banco de trás) antes de você engatar a 1ª. Marcha? Depois daquela caipirinha e de várias cervejas, você nunca saiu dirigindo e dizendo “eu tô bom!?” Você nunca comprou nem assistiu nenhum CD ou DVD, nem comprou uma camiseta do seu clube que não fossem oficiais, com Nota Fiscal e tudo? Você nunca fez uma fezinha no bicho? Nunca estacionou em cima da calçada, ou em fila dupla, ou ficou mais de dez minutos na Zona Azul sem o cartão? Se você nunca fez nenhum dos “pequenos pecados” acima, também não espere os parabéns de ninguém, pois agir dessa forma não é uma virtude, e sim uma obrigação!!!

Todo esse preâmbulo acima e chegamos num ponto crucial: O que podemos fazer? Como podemos contribuir com a melhora na qualidade de vida, não só nossa, mas de todo mundo?

Acredito que é a hora da conscientização. É a hora de aproveitar essa fabulosa ferramenta que é a Internet, nos conscientizando que sozinhos não conseguimos mudar os destinos do Planeta.

Individualmente, não temos poder político, nem econômico para cassar ou prender nenhum político notoriamente desonesto , muito menos seremos ouvidos se nos aventurarmos a dar qualquer opinião sobre a Guerra do Iraque ou sobre a intervenção no Haiti, o preço do barril do petróleo, se a heroína da novela das sete deve ter um feriado nacional, se o time do presidente deve cair ou falir, qual deveria ser o próximo ganhador do Oscar, como salvar as baleias azuis ou os ursos panda, nem nada. E o Mico Leão Dourado, então? Eu adoro os animais e a natureza, mas se depender só de mim, que nunca vi um ao vivo, o simpático macaquinho pode se considerar extinto. E eu não gostaria que isso acontecesse.

O que fazer?

Que tal começarmos pela nossa rua, pelo nosso bairro, nossa cidade, nossa região?

Que tal listar tudo o que, a partir de seu portão, te incomoda. Exemplo, a calçada do vizinho, que não existe, o cachorro do outro vizinho que quer morder todo mundo, o caminhão de lixo reciclável, com horários incertos e não sabidos, e que nunca deixa um saquinho de reposição, o comércio que transformou a calçada ou até mesmo a rua em estacionamento, o “cow-boy” da charrete, que decidiu que todo mundo tem que ter o mesmo e discutível gosto musical dele, deixando os pobres animais amarrados, sem água, enquanto sacia a própria sede no boteco, os infernais carros de som travestidos de trio elétrico que além das ofertas imperdíveis, parece ter como objetivo perfurar nossos tímpanos, etc.

Listou? Tenho certeza que ainda tem muito mais. Ah! Estava esquecendo. Têm as calçadas cujos proprietários, fazem “pequenas” alterações para que seu veículo entre com comodidade em suas respectivas garagens. Louvável o objetivo de proteger seu próprio patrimônio. Os pedestres, que se danem com o desnível de até 1 metro ocasionado pela rampa de entrada. E não estamos falando de idosos, nem deficientes. Qualquer pedestre corre um risco serio ao transpor esses verdadeiros obstáculos.

Aí chegamos na mídia. Sim, a mídia também é responsável.

Mas vamos deixar a mídia para uma próxima vez.

Niney

Instantes

Como já existe um "ex-blog" este, talvez, seja um "futuro blog" . Aliás, já que qualquer jornada, por mais árdua que seja, começa sempre pelo primeiro passo, vou aceitar o conselho do grande JORGE LUIS BORGES e seguir seus INSTANTES Se eu pudesse viver novamente a minha vida Na próxima trataria de cometer mais erros Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais Seria mais tolo ainda do que tenho sido Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério Seria menos higiênico, Correria mais riscos, viajaria mais, Contemplaria mais entardeceres,subiria mais montanhas, Nadaria mais rios, Iria a mais lugares onde nunca fui Tomaria mais sorvetes e menos lentilhas, Teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente, cada minuto de sua vida. Claro que tive momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver,, trataria de ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso é feita a vida. Só de momentos, não percas o agora. Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termometro,uma bolsa de água quente,um guarda-chuva e um para-quedas. Se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua,contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças. Se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram. Tenho 85 anos e sei que estou .... morrendo Jorge Luiz Borges 24/08/1899 - 14/06/1986