domingo, 31 de outubro de 2010

PÓS ELEITORAL Atendendo a milhões de pedidos( nenhum, na realidade) traduzirei o meu "post" de ontem(Prévias eleitorais): VAI DAR MERDA!!!!! E NÃO É QUE DEU MESMO!!!!!! E para tentar amenizar as agrúrias dos próximos 4 anos, de outro versinho me lembrei e "data vênia" peço licença para declamar: "Fui no mato cortar lenha, a lenha cortou meu pé. Amarrei com fita verde, Banana não dá caroço"

sábado, 30 de outubro de 2010

PRÉVIAS ELEITORAIS "Tudo isso, é devido às quadrujumências superlativas, berpiológicas e peripatéticas, que regem as matérias mefistofélicas, metalúrgicas e siderúrgicas, confringindo os espaços bestificados pela burrologia amestrada. E se dizes isso por mera ignorância do que estás dizendo, receberás da minha parte o perdão.Mas se dizes isso em ofensa às minhas mais altas prosopopéias morais e intelectuais, previno-te, dar-te-ei tamanha pimbocada no alto de sua sinagoga, expondo seus encéfalos aos raios do sol causticante do deserto, onde mais tarde, germes repugnantes virão devorar sua carcaça imunda" E para esquecer essas cenas profanas, um versinho recitarei: Lá no alto daquele morro, passa boi, passa boiada. Nossa! Que movimento!!!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"SÃO OS DEUSES, ASTRONAUTAS?" ou " O PODER DA CRIAÇÃO" ou ainda " IN GOD, WE TRUST" Força nenhuma no mundo interfere, sobre o poder da criação” Paulo Cesar Pinheiro Ouso acrescentar: Nem sobre o poder da destruição. Nem sobre a iniqüidade, a injustiça, o desmazelo, o mal-feito. Justiça. Igualdade, Liberdade, Fraternidade, abre as asas sobre nós. Talvez seja pouco, muito pouco. Para mim, sei que é pouco.Pouca gente. Muito pouca.Pouca esperança, pouca fé.Pouca asa. Pouco sentido. Invejo meu pai, que a certa altura de sua curta vida, segundo suas palavras, "vi numa parca radiografia, o retrato fiel de uma vida". A radiografia e a vida, eram dele. A sabedoria, idem. Meu pai,tenho certeza, não era um astronauta. Mas os Deuses sim, devem ser astronautas. Procuro neles o poder da criação e não acho. Cadê a cura, o salvamento,o caminho?Só encontro parábolas, dogmas e interpretações. Para mim, também é pouco, muito pouco. Pouco mesmo. Suas vestes e suas auréolas, na realidade devem servir para camuflar seus equipamentos de sobrevivência numa atmosfera que de tão hostil como a nossa, nós mesmos encontramos dificuldades para continuar existindo.Além de eventuais armas para nos destruir, no momento que melhor lhes aprouver. Ou não. Se sou revoltado?não, eu não sou revoltado. Hoje estou revoltado, não por mim, mas por muitas pessoas que nem conheço, e por elas nada poder fazer, exatamente por não ser deus, nem astronauta. E nessa condição confessa de descrente, nem pelas pessoas que realmente amo. Sejam elas astronautas ou não. Antes eles ou eu, o fossemos.

domingo, 24 de outubro de 2010

HIGH TECH A tecnologia sempre me encantou. Adorava Julio Verne, que em seus livros apresentava coisas tão fantásticas e inverossímeis, como o telefone sem fio, televisão, submarinos nucleares( imagine só, na idéia dele, seriam movidos com átomos. Átomos, aquele negocinho pequeninho vai mover um submarino!!!), viagens à Lua, ao Centro da Terra, volta ao mundo em 80 dias, etc.. Isso sem falar no "Flash Gordon" e suas naves espaciais, armas devastadoras,capazes de destruir a Terra ,luzes tão concentradas que podiam tanto cortar o aço, como auxiliar em delicadas cirurgias.Acho que eles até imaginavam que essa luzinha um dia pudesse vir a substituir as agulhas de diamante para reproduzir sons nas velhas e boas eletrolas. Seria legal. Até sugiro um nome para a tal luzinha: ALER, sigla para Amplificação da Luz por Emissão estimulada de Radiação. O problema é que em inglês a sigla ficaria feia "LASER" Eu curtia até o cinto de utilidades do Batman, que acabava safando nosso herói de enrascadas, utilizando a tecnologia na luta contra o crime. Hoje a tecnologia não me surpreende mais. Encaro numa boa os caixas eletrônicos, mesmo aqueles que você coloca a mão para a biometria, o que dificulta bastante a vida do ladrão. Hoje, além do cartão e a senha, ele vai ter que levar sua mão também p/ fazer um saque.Epa! será que os bancos pensaram nisso quando criaram essa máquina? Ele pode não te levar, mas sua mão, vai com anéis e tudo..... Mesmo sem entender a lógica do negócio, aceito que o microondas faça vibrar as células do alimento aquecendo o rango pelo atrito e utilizo-o para fazer minhas pipocas, aquecer um café ou um leitinho. Confesso que ainda apanho no DVD player( o video cassete era bem mais simples, apesar do "por favor rebobine a fita ao final" senão tinha multa ao devolver à locadora. Celular, tenho basicamente para falar. Não sou muito chegado a SMSs, torpedos, videos, fotos, GPSs, jogos e mais mil e uma utilidades que sei que ele tem e as operadoras vivem tentando enfiar no seu plano a módicos poucos réis. Eu disse acima que a tecnologia não me surpreende mais. Mentira. Esta semana, tive uma prova que ela é inexorável. Implacável. Inusitada. Inesperável.E mais um monte de "i". Só não é "imexível", "imota", "inerte". O fato: Eu, internauta mediano, me viro até que bem com os "downlouds, layouts, googles, you tubes e outloocks da vida, mas numa bela manhã, o "speedy" meu de cada dia estava com preguiça. Não entrava nem a página inicial, apesar de estar tudo devidamente conectado.Desliga daqui, liga ali, espera 5 minutos, liga de novo e aquela bolinha ficava girando e continuava nada. Liga p/ a Telefônica. 103 15. Após digitar milhares de informações e conversar com uma robôta(ou é robôa?) muito simpática e educada, consegui falar com uma ser humana, tão educada, mas não tão simpática como a robôa(ou será robota?), que me solicitou todas as informações que eu já tinha digitado para a robótica(nem robôa, nem robota) acima citada. Expliquei meu problema, e vários minutos após, seguindo suas instruções, desliguei o modem, informei quais lampadinhas estavam acesas, quais estavam piscando, se rápido ou devagar e vários aguarde mais um momento,que eu estou fazendo um teste e um procedimento, etc etc etc...a linha caiu. Agora eu poderia usar o "copiar e colar" 3 vezes para o parágrafo acima, mas para poupar os olhos cansados dos parcos e desavisados que me acompanham, vou para o final da 5a.ligação, quando já estava a fim de, a exemplo do Ruy que tentou sem sucesso, pedir para falar com o Don Juan Carlos, Rei da Espanha. A moçoila que me atendeu, depois de todos os procedimentos infrutíferos exaustivamente tentados, me pediu para pegar um palito de dentes.Instintivamente, procurei um virtual pedaço de alface, ou sei lá o que pudesse estar entranhado entre meus dentes.Peraí! Meu computador não tem câmera.Ela não está me vendo! Bom, pensei, lá vem gozação. Talvez a expressão "palito de dente" seja algum periférico, como o mouse, pen drive, sei lá, na linguagem cibernética.Se ela tivesse pedido um fio dental, uma escova com cerdas altamente desenvolvidas para combater os germes, ainda vá lá! Mas um palito de dentes!!!! Não, não tenho. O que eu tinha à mão, eram lápis, borracha, grampeador e outros objetos mais afeitos a um humilde escritório, além de um saquinho de Fandangos pela metade e já moles, e o mais parecido com o inusitado instrumento de higiene era um clip. Serve? A resposta foi categórica: "Senhor José ( meu nome de guerra) para o procedimento a seguir é indispensável um palito de dentes pontiagudo, de madeira" .Putz. Nada de Leds, wireless, laser, titânio, aluminio. Ponto para a moçoila. Mesmo correndo o risco de parar nas "pegadinhas do Faustão", pedi um minuto, corri para a cozinha, voltei com uma caixa de "Gina"(hoje essa Gina deve estar com uns 130 anos, né?Eu lembro que era molequinho e ela já estava sorrindo nas caixinhas), roliços e pontiagudos, de madeira, atendendo todos os requisitos solicitados. Novas instruções da súdita do Juanito : "Atrás do seu modem, ao lado do botão on/off, existe um orifício(êpa) pequeno. Introduza(êpa) o palito nesse orifício e conte até dez, bem devagar(êpa)" . Já entendi. Quando chegar a dez, vai aparecer o cameramen, mais um monte de gente gritando " PEGADINHA" . Mas como não vi aqui no meu "bunker", nenhuma possibilidade de haver uma multidão escondida, resolvi correr o risco. 1,2,3,4,5,6,7,8,9 e ....10!!!!!!!!!! Não apareceu nenhum gozador. Ufa!!Mas também nada aconteceu. Depois de falar o tradicional Pronto! , a Rainha Sofia, esposa do Joãozinho(é, fiquei íntimo da família Real, e daí?) que me atendia, me orientou a tentar novamente a famigerada conexão e que navegasse tranquilamente, pelos mares que dantes costumava navegar.E que desde então e pelo menos até agora,continuo a navegar, graças a um prosaico, fora de moda( alguns dizem até que é falta de educação utilizá-los à mesa) palito de dentes. CULTURA INUTIL: Na décadas de 1840 e 1850, o norte americano Charles Forster esteve no Brasil, para ajudar nos negócios de um tio que vendia móveis. Forster, em Pernambuco, encantou-se com a beleza dos dentes das mulheres brasileiras que usavam palitos de salgueiro. De volta aos EUA, contratou um inventor de máquinas que possibilitasse a criação de um equipamento de produção de lascas de madeiras. Em 1870, já produzia mais de 1 milhão de palitos de dentes por dia com qualidade e ótimos custos. "O BRASILEIRO É TÃO BONZINHO, NÉ?!!!" "O NORTE-AMERICANO É TÃO ESPERTINHO, NÈ?!!!" Já ouvi essa história antes, não sei onde. Mas se o tal de Forsters, que morreu milionário em 1901, fosse um Julio Verne, teria registrado o "seu" invento como uma "Ferramenta Auxiliar na Restauração e Reparação de Falhas na Conexão de Periféricos Intermediários Entre um Equipamento Eletronico à Uma Futura Rede Mundial de Informações". FARRFCPIEEEUFRMI. Essa sigla em inglês deve ficar pior ainda. E o tal de Forster talvez tivesse morrido pobre. Em todo caso, hoje na minha caixinha de clips, tem sempre um palito de dentes. Se a conexão do speedy não cair, existe sempre a possibilidade de um resíduo de fandango estar incomodando.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

TONINHO POETA Dando uma folga para as pescarias, lembrei de um "causo", que, por não ter assistido pessoalmente, não posso atestar sua veracidade,mas que na época foi exaustivamente divulgado. O que vou relatar, pode até ser folclore, e a única coisa que posso garantir é de ter ouvido a estória do próprio personagem principal. Por seu teor trágico-hilário-inverossímel, resolvi registra-lo aqui, neste pequeno, modesto, porém sincero e segundo alguns, até simpático espaço virtual. Claro que os fatos, verídicos ou não, ocorreram há muito tempo atrás, e necessário se faz, para conhecimento dos mais jovens que não conheceram a peça, traçar um perfil do ator principal. Fácil. Pegue um compasso e faça um círculo. Ponha uma barba nesse círculo, acrescente uma dose generosa de simpatia misturada com talento e generosidade e pronto. Temos o retrato falado do Toninho Poeta. Bom músico,compositor, excelente papo, amigo, topava qualquer parada. Acima de tudo, era um Boêmio, não só por opção, mas por natureza, e como ele dizia, até por obrigação, se é que me entendem. Todos os seus genes eram boêmios convictos. O fato que correu o circuito músico-barsistico sanroquense começou numa festa numa residência, para a qual Toninho foi chamado para, com sua simpatia e música, entreter os convivas. Tudo correu às mil maravilhas até que, uma necessidade fisiológica obrigou nosso herói a uma pausa musical, para um pit-stop no banheiro. E o pit-stop não era daqueles simples, rápidos. Era dos mais complexos, digamos, mais substanciosos. Depois de alguns minutos, visitas e anfitriões foram surpreendidos com um estrondo, seguido de gritos e palavrões, mais barulho, mais gritos. De repente, silêncio. Só se ouvia o esguicho de água. Todos correram para a porta do banheiro, bateram chamaram e nada. A solução foi arrombar a porta. Lá dentro, o próprio Armagedon. Vaso sanitário, pia, armário do banheiro, tudo literalmente destruído. No chão, entre água, sangue e o produto substancioso acima citado, jaziam desmaiados os mais de 100 kgs do trovador beijoqueiro. Atendimento médico providenciado, ficou, além dos prejuízos materiais, que não foram poucos, faltando a dinâmica, o "modus operandi", e principalmente a causa para tamanha e tão inusitada tragédia. O depoimento do menestrel, foi simples e singelo: " Bom, depois de dar uma bela c@#g@%da , satisfeitíssimo, puxei a descarga. Só que a po$r#r@ da cordinha quebrou!!!. PQP meu, eu não podia deixar minha obra ali, sozinha, prá posteridade julgar!Resolvi subir no vaso e acionar a válvula dentro da caixa.Manja aquelas caixas de descarga que ficam no alto?Pois é. Simples e rasteiro.Só que o fi%lhod@pu&8#t@ do vaso não agüentou meu modesto peso e virou. Claro que instintivamente agarrei na laz#@re$%nta da caixa de descarga, que também arriou, caí de costas,derrubando o armário, quebrando o espelho,espalhando escovas de dente, pasta, shampoo, perfume e sei lá o que mais, bati a cabeça na pia, que se esfarelou, o cano arrebentou jorrando água prá todo lado.Aturdido, em menos de 1 segundo me vi deitadão, com a barriga pra cima, água esguichando, com Bo$3%ta, sangue, vidros de perfume em volta de mim, escutei pessoas berrando e arrombando a p#u$t@ da porta e fiz o que qualquer cidadão de brios e com vergonha na cara faria. Me fingi de morto. Aliás, preferia mesmo ter morrido nessa hora.Continuei com os olhos fechados mesmo enquanto algumas almas caridosas despejavam baldes e mais baldes de água sobre mim.Compreensivelmente, ninguém em sã consciência iria prestar os primeiros socorros nas condições em que eu me apresentava."Tem que limpar o cara primeiro", falou um. "Eu até ajudo a carregar o presuntão, mas respiração boca a boca, nem pensar!!"falou outro. Tava com dor prá ca$#r@@l@ho, mas decidi que só daria sinal de vida a hora que percebesse que estava razoavelmente apresentável. Afinal, a imagem é fo$%$da, meu. Se é "vero", não sei. Mas fico imaginando a cena e na certeza que deve ter sido um dos finais de festa mais trabalhoso e constrangedores que já existiram. Alguns anos após a efeméride, nosso amigo foi morto, covardemente, em sua própria casa. Além da perda do amigo, só posso lamentar minha fraca memória que só conseguiu guardar de suas composições, uma única estrofesinha ( nem sei se correta) de um samba de breque, que era a grande paixão dele: "Joaquina Conceição Torrada, Teve Morte instantânea, ataque cardiáco" ( assim mesmo, acento no "áco") Sei que é pouco, mas como falei acima, neste pequeno,humilde e virtual espaço,sempre procuro exaltar o valor da memória, da lealdade,do bom senso, e principalmente, da amizade. Minha contribuição, ou melhor, minha obrigação, é, parafraseando o "homem da Lua" tentar divulgar essas pequenas passagens para a humanidade, mas para mim, gigantescos passos para a formação do meu caráter.

sábado, 16 de outubro de 2010

O "causo" abaixo, foi escrito pelo meu irmão Ruy, e publicada na Revista Pesca e Companhia, que é considerada a "Bíblia" dos pescadores. Essa pescaria aconteceu em 1.984 e os personagens foram, além do Ruy(Olhocompano) o Vinicio(Chumbate), nosso saudosíssimo Spencer(Mestre), cujos "zóios" realmente serviam de referência aos jacarés e eu(Arnica), prá completar o time. Nossos piloteiros eram o Biguá( barco do Ruy e do Vinicio) e o Batata(meu barco com o Spencer).Mas essa noite não acabaou tão tranquila assim não.Houve um pequeno contratempo( um dos barcos ficou à deriva) que eu contarei num próximo post. Fiz a transcrição diretamente do original do Ruy, pois a Revista fez algumas adaptações,talvez por problemas editoriais.Mas vamos ao "causo": UMA PESCARIA NO PARAÍSO DOS DOURADOS! Lembro-me que há muitos anos atrás na segunda pescaria que fazia no Pantanal, após uma primeira aventura decepcionante, quando despreparados e inexperientes sofremos imensamente com o frio do Pantanal. Muita chuva, frio e o objetivo principal, é claro, o peixe, completamente escondido. Isso depois de uma viagem de trem, que partia de Bauru, o famoso Trem da Morte, cujo destino final era Santa Cruz de La Sierra na Bolívia. O trem da morte partia de Bauru e depois de mais de 32 horas e mais de cem estações chegávamos a Corumbá, mais precisamente na Vila Albuquerque, distante 70 quilômetros da cidade. Hospedagem no pesqueiro em uma “palafita” que chamávamos de Biguazeiro. Nesta segunda aventura(progresso : fomos e voltamos de avião) éramos 4 amigos ansiosos, ainda com as lembranças da pescaria do ano anterior. Depois de dois dias de frustação, observamos um grupo de pescadores que chamávamos de os “Bota Branca”, pois todos usavam uma bota branca de borracha e equipamentos de primeira qualidade. Toda manhã eles chegavam carregados de peixe e nosso grupo inteiramente “sapateiro”. Obviamente sofríamos gozações de todos os tipos. “Mordidos” e principalmente querendo tirar a “barriga da miséria” passamos a estudar seus movimentos e observamos que eles saiam mansamente durante a noite e voltavam de manhã. Um dos nossos piloteiros logo gritou...Barranco Limpo! É lá que eles estão pegando, mas, desanimado, acrescentou...”não dá, pois ali apenas um bote pode apoitar”. Foi ai que decidimos “dar o chapéu” nos Bota Branca. Fomos para o jantar, bebemos e comemos tranqüilamente e disfarçadamente demos boa noite a todos como se fossemos para a cama. Em 3 minutos estávamos prontos e partimos com dois botes para o “matadouro”. Realmente apenas um barco conseguia encostar na margem no ponto certo de arremesso. A isca caia exatamente em uma grande corredeira. È claro que os lançamentos eram feitos no escuro total, iluminado apenas pelos dois olhos vermelhos de um grande jacaré que decidiu se enroscar do nosso lado. Acho que foi atraído pelos “pequenos zoios” de um dos companheiros. Passamos a revezar o ponto único e a pescaria foi maravilhosa. Pegamos 15 dourados em menos de duas horas. Justamente dourado, um dos mais cobiçados peixes de água doce, chamado de “rei do rio”. A captura do dourado é emocionante pois trata-se de um peixe voraz e “brigador” quando é ferrado. O mais interessante é que o dourado somente era ferrado se o anzol caísse em um ponto exato a cerca de 15 metros do barco. Sentíamos o bater da isca e da chumbada nas pedras da corredeira e era só se preparar para ferrar. Ficamos satisfeitíssimos quando os “Bota Branca” chegaram e nos encontraram no local. Demos o troco nas “gozações” com muito prazer. Lembro-me ainda que no dia seguinte, último dia de pescaria, decidimos pescar em frente ao hotel, ao invés de rodar uma ou duas horas de barco atrás do peixe. Ainda não havíamos conseguido pegar nenhum pintado, mas já estávamos conformados e satisfeitos com a produção de dourados. Ali em frente, local chamado de “pronto socorro” somente barbados mordiam a isca. Surpreendemente, logo na primeira rodada, cada um “puxou” um pintado “de medida”. Entre alguns “barbados e palmitos” , em pouco mais de uma hora fisgamos 18 pintados. Obviamente, aguardamos ansiosos a chegada dos “Bota Branca” para mostrar a produção do dia, com cerca de 30 peixes, enfileirados no “varal”. As fotos estão ai para provar. È só pedir!!! Foi uma pescaria inesquecível, como muitas outras que realizamos, porém essa teve um gosto especial, pela rivalidade com os “Bota Branca” e pelo prazer da primeira real pescaria.