sexta-feira, 26 de junho de 2009

RESOLUÇÕES DE FIM DE ANO, no meio do ano É costume, em todo o mundo, tomar resoluções pessoais para o ano que se inicia. São promessas sobre um novo modo de vida, resgatar sonhos, amores, esquecer desilusões, e principalmente, tomar atitudes. Engordar ou emagrecer, enriquecer ou distribuir sua própria fortuna , praticar o bem, pagar aquela dívida antiga, parar de fumar e beber, ir à igreja, respeitar pelo menos metade dos 10 mandamentos, etc. Bom, eu, particularmente, dia 31 de dezembro passado, também tomei uma resolução. Uma só. Como a lista era muito grande, prometi que aguardaria um tempo, só pra ver como seria esse ano novo, antes de tomar qualquer resolução sobre o mesmo. Sabe como é que é. Quando o jogo é no campo do adversário é melhor tentar conhecer o terreno em que se pisa. Agora, passados quase seis meses, posso assumir o encargo de tomar uma posição mais realista e, claro, com uma menor margem de erro. (malandro eu, né!) Não, não parei de fumar nem de beber. Não engordei, não enriqueci, muito menos distribui minha fortuna, talvez até por não tê-la. Aliás, acho que vou começar a correr atrás do meu 2.o milhão de dólares. Já que em 58 anos não consegui o primeiro milhãozinho, desisti. Talvez o segundo milhão seja mais fácil. Dívidas monetárias antigas, felizmente posso dizer que não as tenho. Recentes, de monte, mas sob controle. As dívidas que terei que chamar de “espirituais” por falta de outro termo, reconheço não só tê-las aos montes, como me declaro inadimplente e impossibilitado de quitá-las. Espero que meus “credores espirituais” me amem, assim como eu os amo e muito. Pensando bem, acho que até andei praticando o bem nesse comecinho de ano. Unzinho aqui, outro ali, sabe como é que é. Nenhum digno do Nobel da Paz, mas acho que dá pra quebrar o galho. Passei várias vezes pela Praça da Matriz. Por ignorância ou por não sabê-los de cor, não sei quais, nem quantas vezes com certeza infrigi os Dez Mandamentos. Mas o meu “Um Mandamento” posso afirmar que não infringi nesse meio ano, e até por ser mais fácil de decorar, prometo continuar a seguir na próxima metade do ano : 1.o Mandamento (e Único) : SE NÃO CONSEGUIR FAZER O BEM, TENTE PELO MENOS NÃO FAZER O MAL ÀS PESSOAS, AOS ANIMAIS E À NATUREZA ! Não precisa escrever com fogo na pedra, não. É só guardar na consciência. Niney

sexta-feira, 5 de junho de 2009

JOSÉ BONIFÁCIO RISSO RIBEIRO LOPES - BONI 2º. Hoje, tive uma conversa séria com o cidadão acima. Me chamou a atenção a preocupação dele de, primeiro, agradecer a todos nós pelo carinho que dedicamos a ele durante esses anos todos. Agradeceu até às doses de insulina que lhe aplicamos diariamente, reconhecendo que, apesar de dolorosas, são indispensáveis à sua qualidade de vida. Falou que adora o “ossinho” probiotico que ganha, juntamente com as frutas após essas aplicações. Disse que idolatra as várias “camas” que tem pela casa( na prática, quase todas) e os cobertores e edredons que esquentam sua velhice no inverno e até mesmo no verão. Isso sem falar nos almoços, jantares e lanchinhos, com comidas especiais, sem sal nem tempero. Mas feitas com muito amor, especialmente para ele. Em segundo lugar, se preocupou em pedir desculpas pelas ranzizices e mordidas aleatórias que distribuiu ao longo dos anos, justamente a nós, que o cobrimos de carinho e amor. Confessou arrependimento pelos “xixizes” e “cocozes” que espalhou fartamente pela casa, nem sempre em horários e/ou lugares próprios. Alegou, com toda a razão, que ele também tem suas fraquezas e momentos de depressão, angustia, dor. Assim como nós, os ditos seres humanos. Ele não mencionou e nobremente, nem levou em consideração as muitas vezes que nós descarregamos nossa fúria e frustrações em cima dele. E por fim, se declarou feliz. Feliz e agradecido, por termos escolhido ele, entre outros irmãozinhos, para fazer parte desta família. Não consegui captar se ele sabe que está chegando na curva do rio, mas tive certeza que até chegar lá, quer que nós estejamos ao seu lado. Deixou bem claro que a nossa presença é fundamental para ele. Como vocês devem ter reparado, não foi uma conversa não, foi só um monólogo. Justamente ele, que não fala, foi o único a falar. Mas é que ele sabe se expressar muito bem. Ele só precisa de um “ouvinte” atento, com sensibilidade para captar sentimentos nos seus menores movimentos, num olhar, em um ganido ou rosnar. E nem sempre nós estamos preparados para “ouvir” essas pequenas declarações. Nossos problemas, imaginamos , são muito grandes e importantes e não podemos perder tempo com essas baboseiras. Só me restou dar-lhe um abraço. Eu, como animal racional, não tive palavras para agradecer o fato de ele ainda estar conosco. Mas para ele, animal irracional, as palavras não fazem diferença. O que realmente importa é o sentimento e o amor. E isso ele sabe dar, mesmo que nem sempre receba de volta.